Thor: God of Thunder

Acho bacana que as empresas aproveitam o lançamento de algum filme e criam um jogo baseado nele. Realmente acho. O que não fica bem é quando a adaptação resulta não sai como o esperado e deixa a desejar, principalmente quando o filme é bom.

A SEGA se tornou responsável pelas últimas adaptações de filmes da Marvel e, infelizmente, não tem feito um bom trabalho. Iron Man e Iron Man 2 são bons exemplos disso. Ambos deixaram muito a desejar, decepcionando hordas de fãs de Tony Stark. E vale lembrar que os dois longas são de uma qualidade excepcional. Seguindo essa “tradição”, Thor – God of Thunder se tornou a nova vitima da empresa.

Raios e trovões!

A atuação virtual de Chris Hemsworth não é das melhores. Não por culpa dele, claro. O game começa com uma invasão a Asgard e Thor parte para a violência, buscando vingar a morte de um de seus amigos. Tudo isso, claro, com influência das mentiras de Loki. E basicamente, o jogo segue apenas nessa pancadaria. Cada inimigo garante pontos de experiência, que são gastos para evoluir os pontos de vida, de energia ou os três tipos de poder que Thor pode usar: trovão, raio e vento.

Tudo isso seria muito bom se funcionasse adequadamente. O game apresenta muitas falhas em movimentação, como quando ao subir em um degrau ou plataforma, Thor flutua no ar. Não pelo fato de ser um Deus e ter poderes para tal coisa, mas por falta de atenção da desenvolvedora. São poucos os momentos em que a câmera colabora durante uma luta, sendo necessário ajustá-la quase toda hora.



O quesito jogabilidade não colabora nem um pouco. No controle, você aperta o botão de ataque e o personagem não o faz no exato momento. Isso dificulta muito na hora de executar combos, principalmente os que necessitam manter o botão pressionado, pois, como o golpe não sai imediatamente, outro especial acaba sendo ativado na sequência, gastando sua barra de energia inadequadamente.

Apertando o círculo, Thor agarra seus inimigos e executa finalizações diferentes de acordo com o botão pressionado. As animações são bem bonitas, mas a execução do movimento frustra pela necessidade de correr a um ponto específico do inimigo para fazê-los. Nem sempre o tempo e os outros inimigos colaboram para isso e você dificilmente acerta o personagem.

Um dos pontos legais do jogo é a trilha sonora. As músicas foram muito bem produzidas e os efeitos empolgam um pouco. É muito legal dar uma martelada no chão e fazer ecoar o barulho de um trovão, ou quando você faz uma tempestade de relâmpagos. Uma pena é que, visualmente, nada disso fica muito legal.

Comentários Finais

É uma pena que Thor – God of Thunder não tenha sido criado com tanto carinho e atenção quanto deveria, passando a impressão de que foi só um trabalhinho para acompanhar o filme. Com uma boa produção e capricho, o game teria tudo para se tornar um grande hit, não só com efeitos especiais bacanas, mas com cenários e personagens mais polidos, com boa movimentação, câmera competente e um Deus do Trovão que não voe apenas porque o cenário foi mal feito. São jogos como esse que fazem você pensar que adaptações de filmes são desnecessárias.